PEDIS E NÃO RECEBEIS PORQUE PEDIS MAL


- Não devemos nos esquecer o que diz (Tiago 4:2-3): “Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; PEDIS E NÃO RECEBEIS, PORQUE PEDIS MAL, PARA ESBANJARDES NOS VOSSOS PRÓPRIOS PRAZERES”.

- Sem dúvida alguma, Deus tem interesse em nos abençoar em todas as áreas de nossa vida, fazendo-nos prosperar, DESDE QUE isso nos torne mais úteis para Ele.

- Então, antes de orar, precisamos limpar nosso coração de “intenções impuras” e de “interesses alheios à vontade de Deus”. Pois, se assim fizermos, certamente nossa oração será aceita pelo Pai, cumprindo, então, Seu propósito.


- Tomemos, então, como exemplo: A Oração de Ana (Ler 1Samuel 1:1-18)

- Na verdade, este é um excelente exemplo de oração que atende à necessidade de Deus.

- Ana, esposa de Elcana, não lhe podia gerar filhos, pois era estéril. Por esse motivo, Penina, a outra esposa de Elcana, “a provocava excessivamente para a irritar” (vers.1-6).

- Por causa de sua esterilidade, “levantou-se Ana e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (vers.10).

- Obs.) A Bíblia diz que isto ocorreu no Templo do Senhor, referindo-se ao Tabernáculo, pois o Templo própriamente dito foi edificado dezenas de anos mais tarde.

- Obviamente, Ana não podia entrar no Santo Lugar, nem no Santo dos Santos. Portanto, isto significa que ela estava orando no átrio exterior.

- Muito bem. Em sua oração, Ana fez um voto ao Senhor: “Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (vers.11).

- Veja bem. Inicialmente, a oração de Ana era de acordo com o seu próprio interesse. Conforme (1 Samuel 1-18), ela era a primeira esposa de Elcana, a quem ele amava. No entanto, por ser ela estéril, ele tomou também a Penina para sua esposa.

- É importante observar que, naquela época, os judeus valorizavam muito a descendência, a fim de que nenhuma família perdesse sua parte na herança da boa terra.

- Portanto, a intenção de Elcana estava ligada ao seu apreço pela herança. Então, sendo Ana a primeira esposa, seu filho seria o primogênito, mesmo que Penina já houvesse gerado filhos. E, tendo um filho, Ana não mais sofreria a provocação de sua rival.

- Por esta razão, no (vers. 12), diz que “Ana demorou-se no seu orar”. Certamente, logo que ela começou a orar, sua intenção era apenas pedir a Deus um filho para si própria.

- Contudo, à medida em que orava, Deus começou a mostrar-lhe que Ele também tinha uma necessidade. Portanto, aquele filho não seria só um motivo para alegria de Ana, mas acima de tudo também uma alegria para o Senhor.

- Na verdade, Ana entendeu, por inspiração de Deus, que seu pedido teria de ir além de um desfrute pessoal, pois o consagrou como um “nazireu”. Isso é indicado pelo fato dela mencionar que não passaria navalha no cabelo do filho, o que era característica dos nazireus, conforme registro de (Números 6).

- Na verdade, os “nazireus” eram sacerdotes voluntários. E, como um deles, Samuel poderia servir no Santo Lugar, não ocasionalmente, mas por todos os dias de sua vida”, conforme o voto de sua mãe Ana.

- Portanto, a oração de Ana progrediu passo a passo, a partir de sua necessidade pessoal até chegar à necessidade de Deus.

- Outra coisa É importante lembrar que Eli era o sumo sacerdote da época, e seus filhos serviam a Deus de maneira inadequada e até mesmo pecaminosa.

- Por isso, Deus necessitava que o sacerdócio fosse restaurado e Sua Palavra fosse manifestada ao Povo. Então, Ana, através de sua oração, atendeu o desejo de Deus.

- O que estamos aprendendo com este texto é que as nossas orações precisam ser mescladas com a vontade de Deus, ou seja, precisamos aprender a “orar no espírito”.

- Pois, mesmo que comecemos a “orar segundo a nossa alma”, isto é, “de acordo com os nossos sentimentos e desejos próprios”, pouco a pouco, “entraremos em espírito” e acabaremos sendo “tocados pelo coração de Deus”.

- Aliás, confome diz Paulo em (Romanos 8:26) o Espírito Santo que habita em nosso espírito nos ensina a orar como convém. Assim sendo, quando exercitamos nosso espírito, o próprio Deus em nós orará de acordo com a Sua Vontade.

- Então, se orarmos cada vez mais, haverá um momento em que finalmente, inspirados pelo Espírito, “tocaremos o coração de Deus”.

- É como o incenso colocado sobre o altar: por ficar o altar diante do véu, certamente aquele doce aroma entrava no Santo dos Santos, para a satisfação de Deus.

- Isto foi o que ocorreu com Ana: sua oração foi elevando-se até tocar em Deus.

- Conclusão: quando Deus nos ouve, por inspiração e sopro do Espírito, podemos parar de ora, e, o passo seguinte é Louvá-Lo, agradecer-Lhe e Nele nos alegrar.

- Ana agiu assim: depois do sacerdote Elí ter-lhe dito que Deus lhe daria o que havia pedido, ela parou de orar e seu rosto já não estava mais triste (1 Samuel 1:17-18).

- Uma observação importante: Por ter sido rasgado o véu do santuário, temos acesso direto ao Espírito Santo em nosso espírito. Sendo assim, podemos orar em qualquer lugar e a qualquer hora.

- Infelizmente há pessoas que ainda têm práticas do Antigo Testamento, ao considerar que a oração é mais ouvida por Deus se for feita em determinado lugar santo.

- De fato, isto não corresponde à revelação do Novo Testamento. Pois, hoje, podemos orar todo o tempo e em todo o lugar, porque o que de fato importa é orar no espírito.
QUE O ESPÍRITO SANTO DE DEUS LHE INSPIRE A ORAR SEGUNDO A VONTADE DO PAI, PARA QUE ELE LHE CONCEDA A VONTADE MAIS PROFUNDA DO TEU CORAÇÃO.

COM AMOR,


Pastor Júlio Lima Nogueira
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MISSÃO APOSTÓLICA E PROFÉTICA DO FAROL
- UM SINAL DE ALERTA PARA O POVO DE DEUS –
07 de junho 2013


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