- (Gálatas 3:17-25) diz: “E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar (anular), de forma que venha a desfazer a promessa. Porque se a herança provém da lei, já não decorre da promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.
Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um. É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada um lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei. Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem. Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio”.
- Veja só. No momento em que Deus ratificava a promessa em (Gênesis 15), tornando-a numa aliança, diz o (vers.12) que “densas trevas acometeram Abraão”.
- Então. Essas trevas eram um indício de que antes da promessa ser cumprida, o povo de Deus passaria por um período de trevas sofrendo intensamente.
- De fato, a Bíblia registra que os descendentes de Abraão foram ao Egito e sofreram cerca de 430 anos. Na verdade, esses foram “anos de tirania e anos de trevas”.
- É interessante observar que Deus não lidou com o povo “segundo a lei”, pois a lei ainda não havia sido dada. Mas Deus lidou com eles “segundo a promessa” que fizera com Abraão.
- Na verdade, é difícil encontrarmos um versículo se quer, em Êxodo, que nos diga que a intenção de Deus ao tirá-los do Egito era dar-lhes a lei.
- Pelo contrário, em Êxodo lemos claramente que Deus tencionava que Israel Lhe celebrasse uma festa.
- Pois lemos em (Êxodo 5:1) o seguinte: “Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo para que me celebre uma festa no deserto”.
- Na realidade, antes de (Êxodo 19) não há nenhum indício de que Deus tinha intenção de dar a Israel a Lei.
- Mas, os (capítulos 20 a 23 de Êxodo) é que estão relacionados com a Lei.
- Contudo, imediatamente após estes capítulos com seus decretos e ordenanças, chegamos ao (capítulo 24) onde a situação ao redor do Monte Sinai mudou completamente.
- Vejamos, então, qual era a situação existente (vers. 9-10): “E subiram Moisés, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade”.
- Imagine que cena gloriosa! Pois foi em tal circunstância que Deus revelou a Moisés o modelo do Tabernáculo!
- Obs.: Muito bem. Depois que a Lei com suas ordenanças foi dada ao povo, Deus lidou com os filhos de Israel de acordo com a Lei, POR INTERMÉDIO DO TABERNÁCULO.
- Veja só. O povo não contatava Deus por intermédio da lei, e sim por meio do Tabernáculo com o sacerdócio e as ofertas.
- Importante: De fato, todos estes itens eram o cumprimento, em tipologia, da promessa de Deus a Abraão.
- Deus lidou com o povo por meio do Tabernáculo, do Sacerdócio e das Ofertas.
- Por exemplo: Suponhamos que um israelita cometesse pecado. Conforme os “Dez mandamentos”, ele deveria ser eliminado.
- Mas, em vez disso, Deus cumpriu Sua promessa feita a Abraão de abençoar todas as nações, abençoando tal pecador por intermédio do Altar.
- Ou seja, o israelita que havia cometido pecado, tinha de levar um sacrifício como oferta pela sua transgressão. Então, quando esse sacrifício era oferecido no altar, o pecador poderia ser perdoado.
- Por um lado Deus lidou com os israelitas de acordo com a lei. Mas, por outro, foi por meio do Tabernáculo. Pois, após dar a lei, Deus veio habitar dentro do Tabernáculo.
- Ele estava oculto dentro do Tabernáculo e falava lá de dentro.
- Ora, se não fosse a lei, os filhos de Israel não teriam ido até o altar com sua oferta pela transgressão. Uma vez que a lei os expunha e condenava, eles percebiam a necessidade de ir ao altar com a oferta exigida. Neste aspecto, a lei é muito útil a Deus.
- Em (Gálatas 3:19) Paulo nos diz que “a lei foi adicionada por causa da transgressão”.
- Ou seja, ela não fazia parte da economia original de Deus. Mas foi adicionada até que o descendente, que é Cristo, viesse. E, uma vez que Ele já veio, a lei tem que ser retirada, pois a transgressão já foi removida.
- Acrescentando, em (Gál.3:23) diz: “Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se”.
- Ora, “ser encerrado” é o mesmo que ser “mantido sob tutela, isto é, posto sob guarda”. Isto é o mesmo que ser comparado a ovelhas que foram confinadas num aprisco, conforme (João 10:1,16).
- Ou seja, a lei foi usada como “um aprisco” a fim de guardar os escolhidos de Deus até que Cristo viesse “em realidade”.
- Mas, como Ele já veio, não precisamos mais do “aprisco da lei”. Agora, o nosso lugar é nos “pastos verdejantes da graça de Deus”.
- Em (Gal.3:24) Paulo continua dizendo: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”.
- Ora, a palavra grega “aio” pode também ser traduzida por “condutor”, “guardião” ou ”tutor”. Ou seja, “alguém que cuida de um menor de idade e o conduz ao mestre”.
- Mais uma vez vemos que a lei foi usada para tomar conta dos filhos eleitos de Deus, até que estes fossem conduzidos ao Mestre Jesus Cristo.
- Mas, conforme (Gál.3:25) “Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio”.
- Conclusão: Em Adão houve a maldição. Em Abraão a promessa. Em Moisés a lei. E, em Cristo, o cumprimento da promessa.
Pastor Júlio Lima Nogueira
- UM SINAL DE ALERTA PARA O POVO DE DEUS –