(Gálatas 2:19-21) “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a graça deDeus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão”.
- Muito bem. A vida que devemos viver agora não é a vida “bios”, ou seja, a vida física, nem a vida “psyché”, isto é, a vida da alma), e sim a vida “zoé” ou seja, a vida divina, a vida espiritual.
- Então, o apóstolo Paulo diz que a vida que agora vivemos na carne, vivemos na fé, ou seja, na fé do Filho de Deus. Portanto, não vivemos a vida divina pelo que vemos ou sentimos, como na vida natural.
- Ora, a vida divina, que é a vida espiritual em nosso espírito, é pela fé, estimulada pela presença do Espírito que dá vida.
- Já temos afirmado em todos os nossos estudos, que a verdadeira fé não é uma “virtude”, mas é o próprio Cristo infundido em nós, para se tornar nossa capacidade de crer Nele.
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- Então, conforme lemos em (Gal.2:20), a intenção de Deus é ser trabalhado no nosso ser interior, para fazer de nós uma nova pessoa, um novo “eu”.
- Pois, a velha pessoa, o velho “eu”, isto é, o “eu” sem Deus, acabou; mas a nova pessoa, o “novo eu” unido ao Deus Triúno ainda vive.
- Portanto, temos uma só vida e um só viver com Ele. A vida “zoé”, a vida “divina”. Como já afirmamos, a velha pessoa já foi crucificada com Cristo, e, sendo assim, Cristo vive agora numa nova pessoa.
- Continuando, no ( vers. 21) Paulo diz: “...Não anulo a graça de Deus”. Ora, se considerarmos este versículo pelo contexto, veremos que “anular a graça de Deus” significa, “não ter Cristo vivendo em mim”.
- Então, a graça de Deus é simplesmente o próprio Cristo vivo . Contudo, não permitir que Ele viva em nós é anular a graça de Deus.
- Obs.: É importante entender o sentido verdadeiro e adequado da graça de Deus no Novo Testamento. No Antigo Testamento, na verdade, não há menção da graça de Deus.
- A palavra “graça” usada no Antigo Testamento significa “favor”. No Evangelho de (João 1:17) lemos: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”.
- Deduzimos, então, que a graça só veio, de fato, após a encarnação de Jesus. E, antes disso, a lei havia sido dada por intermédio de Moisés.
-Contudo, a “promessa da graça” foi feita a Abraão antes de haver a lei!
- Depois, 430 anos mais tarde, a lei foi dada no Monte Sinai por meio de Moisés.
- Aproximadamente outros 1500 anos se passaram antes de a graça de Deus ter vindo com Jesus Cristo.
- Muito bem. De acordo com (João 1:1,14) “o Verbo, que estava no início com Deus e era Deus, tornou-se carne e armou tabernáculo entre nós, cheio de graça e verdade (realidade)”.
- No mesmo Evangelho, no (vers.16) lemos: “Porque todos nós temos recebido da Sua plenitude, e graça sobre graça”.
- Por isso, podemos afirmar que a graça, que só veio com Jesus, não estava, de fato, presente no Antigo Testamento.
- Não se esqueça: a “graça”, no Antigo Testamento, era apenas “um favor”, e não uma realidade!
- Sendo assim, precisamos dar uma definição “da graça”, que só veio com Jesus!
- “Graça” é então, “Deus Triúno (Pai, Filho e Espírito Santo), que passou pelo processo da encarnação, viver humano, crucificação, ressurreição e ascenção, a fim de ser tudo para nós!
- Ou seja, depois de passar por este processo, o Deus Triúno tornou-se tudo para nós: redenção, salvação, vida e santificação.
- Então, o próprio Deus Triúno é a nossa graça!
Obs.) Para os judeus, a entrega da Lei por intermédio de Moisés foi um grande acontecimento. Contudo, o fato de a vinda da graça estar em contraste com a entrega da Lei, indica que a Graça é maior do que a Lei!
- Leia, novamente, (João 1:17) “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo”.
- É simples: Jesus é maior do que Moisés! Jesus é maior do que a Lei!
- Paulo disse em (Gálatas 2:21) que ele “não anulava a graça de Deus”. Isso indica que a graça de Deus é o Filho de Deus vivendo em nós, no nosso espírito (a vida “zoé”).
- No contexto do Livro de Gálatas, “voltar à Lei”, como os judaizantes queriam, é o mesmo que “anular a graça de Deus”, ou seja, “rejeitar a vida do Filho ressuscitado no nosso espírito”.
- É interessante observar que todas as 14 Epístolas de Paulo começam e terminam falando sobre a graça de Deus.
- Da mesma forma, o livro do Apocalipse: (Apoc.1:4) João diz: “Graça a vós outros” e, em (Apoc. 22:21) diz: “A graça (a vida) do Senhor Jesus seja com todos”.
- Aliás, Paulo conclui o livro de Gálatas dizendo: (Gal. 6:18)
“A graça de nosso Senhor Jesus Cristo (isto é, a vida do Filho ressuscitado) seja, irmãos, com o vosso espírito. Amém!
- Saiba que graça não é nada físico ou benção material. Se assim fosse, como poderiam estas coisas estar no nosso espírito!?
- Conclusão: “GRAÇA”é o próprio Deus a fim de ser tudo para nós: é a encarnação do Filho para cumprir a Lei em nosso lugar, é a crucificação de Jesus para morrer pelos nossos pecados como nosso substituto, é também a ressurreição de Jesus dentre os mortos para liberar a vida divina que estava dentro Dele para dentro de nós, para sempre.
- Então, vivendo dentro do nosso espírito, Ele nos capacita a ter o tipo de viver que satisfaz a Deus.
- Por outro lado, vivendo também em nós, Ele ministra todas as Suas riquezas insondáveis que nos transformarão em verdadeiros filhos (maduros) de Deus, em realidade e prática, e nos constituindo herdeiros de todas as suas gloriosas promessas.
QUE A GRAÇA DO SENHOR ESTEJA COM O TEU ESPÍRITO!
(No próximo “Café Espiritual”, falaremos sobre a “NÃO ANULO A GRAÇA DE DEUS - PARTE 2” – CONCLUSÃO)
Pastor Júlio Lima Nogueira
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MISSÃO APOSTÓLICA E PROFÉTICA DO FAROL
17 de agosto de 2013
- UM SINAL DE ALERTA PARA O POVO DE DEUS –
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