As Alianças de Deus


A Base da Aliança, Exemplo de pessoas que andaram com Deus, O que é uma Aliança ? A figura do Tabernáculo e a Aliança Eterna, As sete crises que causaram as sete Alianças, A 1a. Aliança: A Aliança Edênica (no Éden), sete características da Aliança no Éden, A 2a. Aliança: A Aliança Adâmica ( com Adão),sete Características da Aliança com Adão, A 3a. Aliança: A Aliança Noaica ( com Noé), 7 Características da Aliança com Noé, Comparação entre as Alianças Edênica, Adâmica e Noaica, A 4a. Aliança: A Aliança Abraâmica ( com Abraão), Os 10 encontros de Deus com Abraão, Características da Aliança com Abraão: a terra, o povo, o pai de muitas nações, o descendente: o filho da promessa, a Justificação pela fé, o sinal da Aliança: a circuncisão, pão e vinho, Uma cronologia da vida de Abraão, A 5a. Aliança: A Aliança Mosáica (com Moisés), O propósito da Lei, sete pontos importantes sobre a Aliança com Moisés: A Lei, A casa de Deus, o Ministério, a Terra, o Sábado, Sinais e Maravilhas e Obediência ou Morte!, A 6a. Aliança: A Aliança Davídica ( com Davi), 7 razões porque Davi foi um homem segundo o coração de Deus, Os inimigos de Davi, A 7a. Aliança: A Aliança com Jesus: (A Nova Aliança), Características fundamentais da Nova Aliança, O Ministério da Lei (da Condenação) e o Ministério da Graça (da Justiça), O “Cristo carne” versus o “Cristo Ressuscitado”, Um só esposo e Adultério Espiritual, Ismael e Isaque, O fermento dos fariseus, A graça de Deus em ação, Os três povos: judeus, gentios e a Igreja, A dispensação da Graça de Deus, A dispensação do Mistério, As três Leis.








INTRODUÇÃO ÀS ALIANÇAS 

Desde os primórdios da história os homens entraram em alianças, acordos e pactos uns com os outros. Seu propósito seria o de especificar as condições de uma venda ou um negócio. O contrato envolveria certas considerações (isto é, um termo legal sem o qual o contrato é nulo) e também cláusulas ligando contratantes e promessas de fidelidade.


Nos tempos antigos, as alianças eram seladas ou confirmadas de muitas maneiras. Antes de tudo, eram feitas oralmente e na presença de uma terceira pessoa. 


Gestos e atitudes envolviam frequentemente o processo, tais como o apertar de mãos, comer sal, fumar cachimbo, quebrar uma flecha, misturar o sangue dos participantes (daí é que vem a expressão “irmãos de sangue”).


Contudo, uma das maneiras mais expressivas de se fazer uma aliança era através do sacrifício de um pequeno animal.

Mais tarde, à medida que se desenvolvia a escrita e se estabeleciam os sistemas de lei, a chamada “lei do contrato” passou a existir. 

Através dela, os acordos eram firmados sob a forma de uma lei comum, de forma que, colocando dois homens o seu nome num acordo e falhando uma das partes, a atingida poderia apelar ao seu soberano (rei, governador, magistrado) e exigir pagamento ou punição da parte faltosa.

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Deus é um Deus de Alianças!

E, para conhecer o plano de Deus através da História, precisamos conhecer as Suas alianças. E, para entender a aliança que está em vigor (ou seja, A NOVA ALIANÇA), precisamos saber sobre as alianças passadas.

Uma aliança é um compromisso firmado entre duas pessoas. Mas, antes de se estabelecer este compromisso, é importante que ambas as partes se conheçam uma a outra.

O exemplo clássico disso é o casamento, que nada mais é do que um compromisso firmado entre duas pessoas que vão compartilhar o resto de suas vidas juntos.

Contudo, sabemos que é perigoso se comprometer antes de se conhecerem.

Sendo assim, antes de falarmos sobre as alianças que Deus fez com os homens, precisamos saber muito bem o que significa comunhão! 

Na verdade, Deus realiza todas as coisas através de relacionamentos pessoais. Esta é a maneira do Senhor de agir. 

O homem, ao contrário, quer fazer e entender tudo através de leis e princípios impessoais. Ou seja, tudo o que ele realiza e edifica é através de conhecimentos, de descobrir e aplicar leis naturais. Por exemplo, se ele consegue entender como algo funciona, então ele pode trabalhar e alcançar seus objetivos.

Deus, porém, é uma pessoa com uma personalidade definida. Por esta razão é que Ele não estabelece leis ou princípios abstratos para desenvolver Seu plano neste mundo. 

Sua maneira de agir é, portanto, através de encontros pessoais e, por meio destes encontros, Seu plano neste mundo é concretizado.

Por isto é que Ele veio a este mundo na pessoa de um homem, nascido de uma virgem, de carne e osso, vivendo e estando sujeito as leis e limitações naturais.

Ele deu Sua vida como solução para o pecado dos homens. Ele mostrou o relacionamento perfeito com Deus e, através Dele, nós podemos também nos encontrar com Deus.

Assim, todo o plano de Deus se fundamenta no relacionamento pessoal que ele tem com os homens. 

Muito bem. Visto desta forma, cada pessoa que está em comunhão com Deus possui um potencial infinito de criatividade divina. 

Não é uma questão de capacidade pessoal, mas é o potencial que existe na comunhão e no relacionamento com um Deus criativo!

Deus é infinito, e, através de um encontro com o homem, toda a história do mundo pode ser mudada!

Isto significa que, cada um de nós tem um potencial infinito para fazer a vontade de Deus na terra. Por isso é que não há limitações daquilo que pode surgir desta comunhão com Ele.

Importante: SÓ PODEREMOS CONHECER A VERDADE, A PARTIR DA REVELAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS, QUE NADA MAIS É DO QUE UMA PESSOA VIVA (JESUS). 

Este é, portanto, o ponto de partida. Não há outro caminho para a verdade. Isto é um escândalo para a mente natural e racional. 

Assim, partindo da Palavra Viva que Deus revelou na pessoa de Jesus Cristo, podemos interpretar e entender todas as coisas à luz desta revelação. 

Porém, esta revelação só vem através de uma comunhão e de um relacionamento pessoal com Jesus ressuscitado!

Desta forma, podemos perceber a ligação entre a infinita criatividade divina e o potencial infinito que existe em cada coração humano.

O que estamos afirmando é que um homem em comunhão com Deus pode mudar a história do mundo! 

Então, é a partir da revelação da Palavra Viva de Deus que nos conduz à verdade em si. 

Conclusão: QUANDO DEUS ESTÁ PARA FAZER ALGO MUITO IMPORTANTE NO MUNDO, ELE PROCURA ALGUÉM COM QUEM POSSA ANDAR E CONVERSAR! 

Na verdade, Deus sempre quis desenvolver uma comunhão com o homem. Isto não só faz parte do Seu propósito eterno, como é também um desejo do Seu coração.

A história de Deus com o homem é uma história de amor! E, como num relacionamento de amor, sempre existem as crises.

Princípios e leis não produzem crises. Mas, nos relacionamentos pessoas, sempre acontecem crises.

O próprio Deus sempre enfrentou crises no seu plano com o homem. E isto, justamente porque não se trata de um plano mecânico, mas é algo que depende do Seu relacionamento pessoal com o homem.

A esta altura, fazemos a seguinte pergunta: Será que você está disposto e disponível para ter esta comunhão com Deus ? Está você desejoso de andar com Deus ao ponto de ter um relacionamento profundo com Ele, a ponto de ser um instrumento para realizar os Seus últimos propósitos neste mundo?


(Amós 3:3-7) “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?…Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”

Conforme acabamos de ler, para que duas pessoas andem juntas, elas precisam estar de acordo, ou seja, precisam ter harmonia entre si.

E, no vers.7, vemos o resultado de Deus andar com o homem: Ele declara que não fará coisa alguma na terra sem antes conversar sobre isto com os seus amigos, seus servos, os profetas.

Portanto, na comunhão de andar junto com o homem, Deus lhe revela seus segredos.

A fim de ver como isto tem acontecido através da história do homem, examinaremos, rápidamente, alguns personagens bíblicos que tiveram este tipo de comunhão com Deus e que, consequentemente, participaram diretamente do Seu plano eterno.

1) Adão

- Deus criou o primeiro homem à Sua própria imagem e semelhança, a fim de ter comunhão com ele. Este seria, evidentemente, um requisito básico para ter comunhão, ou seja, ter a imagem de Deus!

- Pois o homem só pode ter comunhão com outros que tenham a sua própria imagem e semelhança. Na verdade, é impossível ter-se comunhão com um gato, cachorro, plantas, etc

- (Genesis 3:8-10) diz que “na viração do dia”, ou seja, à tardinha, Deus procurava o homem para ter comunhão com Ele.

- Entretanto, uma vez que entrou o pecado, a comunhão foi cortada.

- O homem perdeu sua comunhão com Deus porque escolheu “comer da árvore” do conhecimento, da ciência, filosofia, da ética, da moralidade, etc. (o fruto do conhecimento do bem e do mal)

- E, assim, perdeu-se a vida cuja fonte estava em Deus.

- O mesmo acontece hoje em dia, muitas pessoas tem “conhecimento de Deus”, mas não tem “a vida de Deus”. Eles perderam a vida de Deus e ficaram com o conhecimento que só produz temor e frustração.

- As 7 Alianças que passaremos a estudar, revelam a história de como esta comunhão foi perdida e como Deus tem procurado restabelecê-la.

2) Enoque

- (Genesis 5:22-24) “Andou Enoque com Deus; e depois que gerou a Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas. Todos os dias de Enoque foram 365 anos. Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si”.

- Judas, no (vers.14) de sua epístola diz: “…Enoque, o sétimo homem depois de Adão”. Ele foi como que as primícias da comunhão completa, pois Enoque foi trasladado (transportado de um lugar para o outro).

- A “trasladação de Enoque” é uma figura do “arrebatamento da Igreja” na 2a. Vinda de Jesus. Esta trasladação fala da Igreja saindo do sistema deste mundo para estar para sempre com comunhão com Jesus.

- O desaparecimento de Enoque é uma profecia sobre a Segunda Vinda. A vida de Enoque mostra claramente que o arrebatamento é uma consequência de comunhão. Pois, se ele não tivesse andado com Deus, certamente não teria havido a trasladação. 

- Concluimos, portanto, que a Igreja que Jesus vier buscar será uma Igreja que estiver em perfeita comunhão!

3) Noé

- (Genesis 6:7-14) “Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Porém Noé achou graça diante do Senhor. Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus. Gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé. A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra. Então disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra. Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora”

- Veja bem. Nos dias de Noé o plano de Deus sofreu uma crise tremenda, pois Ele se decepcionou com o homem e se arrependeu de tê-lo criado. Porém Noé achou graça diante de Deus.

- É incrível imaginar que um homem que andou com Deus salvou toda a humanidade e restaurou o plano de Deus.

- De fato, Deus tinha tanta comunhão com Noé que chegou a contar-lhe o que pretendia fazer, isto é, destruir o mundo e salvar sua família através da arca. 

- Deus revelou Seus segredos a Noé e mostrou como daria continuidade ao seu plano através da descendência dele.

- Ora, se a vida de Enoque nos mostra como Deus vai arrebatar e tomar para si um povo que tem comunhão com Ele, a vida de Noé é um exemplo de como Deus vai preservar no meio da tribulação e juízo sobre o mundo, o povo que anda com Ele e acha graça aos seus olhos! 

4) Abraão

- (Genesis 17:1) “Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”.

- O que Deus falou com Abraão foi simplesmente: “anda na minha presença”! E, como consequência deste andar com Deus, ele foi chamado de “amigo de Deus”. (Tiago 2:23) “…e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus”.

- Da mesma forma, Deus revelou para Abraão grandes segredos. Além do propósito de dar continuidade ao Seu plano formando uma nação e dando-lhe uma terra, o apóstolo Paulo foi quem falou que Deus anunciou a Abraão o evangelho da promessa.

- Vejamos o que diz (Gálatas 3:8-9) “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão”. 

- Assim, embora o cumprimento ainda estivesse bem distante, Deus mostrou ao seu amigo e profeta a verdade sobre a Nova Aliança. E, no seu relacionamento com Deus, os primeiros passos foram dados para a realização destes planos.

- Na verdade, Abraão se tornou o pai de todos os que crêem, pois sua fé na promessa de Deus foi o alicerce da Nova Aliança. (Gálatas 3:7) diz:”Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão”.

5) Moisés 

- A Bíblia afirma em (Exodo 33:11) que Deus tinha tanta amizade com Moisés ao ponto de falar-lhe face a face. Na realidade, jamais um mortal alcançou tanta intimidade com Deus, “a ponto de falar com ele como qualquer fala a seu amigo” . 

- Leiamos o que diz (Deuteronomio 34: 10-12) “Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do Senhor, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel”.

- De fato, Deus compartilhava Seus propósitos, suas intenções e até mesmo Seus sentimentos com Moisés. Enfim, Deus falou com ele a respeito da formação da nação de Israel; como tiró-la do Egito e, como formaria um povo que seria exclusivamente Seu nesta terra.

6) Elias

- Elias era um homem que vivia na presença de Deus. E, por esta razão, sua palavra era a palavra de Deus. Tal era o grau de intimidade que ele tinha com Deus, que ele falava: “O Deus em cuja presença estou”.

- (I Reis 17:1) “Então, Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho, nem chuva haverá nestes anos, segundo a minha palavra”

- Tal era a intimidade e o seu caminhar com Deus, que sua palavra era a própria palavra de Deus. Ele era tão amigo de Deus que sabia o que Deus queria fazer.

7) Davi

- (Atos 13:22) “…Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade”. 

- Conforme podemos perceber, mais uma vez, Deus achou em Davi um homem que foi “um amigo do peito” de Deus.

Deus está, ainda hoje, à procura de amigos, para que Ele possa cumprir Seus planos nesta terra!

- Davi tinha sérios problemas na sua vida particular. Entretanto, Deus o amava por causa de seu coração humilde, sensível e responsivo. A verdade é que Daví sempre procurava os interesses do Senhor, acima dos seus próprios interesses.

- Tudo o que ele realizava para Deus, ele fazia “com todas as suas forças” (Salmo 132:1-5) Ele amava e servia a Deus de uma maneira muito peculiar. Ele não descansou até ajuntar todo o material necessário para a construção da Casa de Deus.

- E, na verdade, Deus mostrou-lhe o plano de Sua Casa e deu-lhe, no Espírito, a visão da Nova Aliança, isto é, da graça de Deus e da vinda do Messias.

8) Maria

- (Lucas 10:38-42) “Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E, certa mulher chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta, agitava-se de um lado para o outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa: Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”

- Veja só. Jesus disse que Maria era “mais bem aventurada” pelo fato dela ficar sentada aos Seus pés, ouvindo-lhe os ensinamentos. 

- Na verdade, tudo o que Jesus desejava era ter comunhão. E foi exatamente isso que Maria também desejava. 

- Não que as atividades de Marta não fossem importantes ou desnecessárias. Mas, o mais importante é a comunhão!

- A verdade é que muitas vezes nos refugiamos em atividades e ocupações para não termos comunhão. Afinal, temos medo de que o Senhor possa falar ou fazer conosco. 

- Por causa de sentimentos de culpa, achamos que Ele vai nos castigar ou exigir algo muito difícil, ou privar-nos de algo, enfim, vai nos tratar segundo os nossos pecados. 

- Pelo contrário, Deus está querendo nos envolver com Seu amor, para que possamos, por sua vez, transmitirmos este amor também aos outros!

9) João

- Jesus não amava este discípulo somente por causa de sua aparência ou personalidade. Ele era o discípulo mais amado de Jesus, pelo fato de sempre querer estar perto Dele. 

- Por outro lado, por causa desta intimidade, Jesus também segredou-lhe coisas maravilhosas. Leia o Apocalipse para constatar esta verdade!

10) Paulo

- (2Coríntios 12:1-6) “Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras infefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. De tal coisa me gloriarei; não, porém, de mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas. Pois, se eu vier a gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve”.

- Veja só. Paulo tinha uma profunda amizade com Deus, ao ponto de ser arrebatado ao terceiro céu, onde ouviu coisas que não eram lícitas ao homem falar. 

- Aliás, sua experiência foi muito semelhante a de Enoque, que andou com Deus e foi arrebatado. Na verdade, ele foi um grande amigo de Deus, pois compartilhou coisas profundas, enfim, “o mistério que foi oculto desde os séculos eternos” do plano de Deus para a Igreja, através dos séculos vindouros e da vinda de Cristo.

CONCLUSÃO: Poderíamos falar também de inúmeros outros homens que andaram com Deus através da Bíblia, tais como Daniel, que foi chamado “homem muito amado”.

- Então, vimos que, através da Bíblia, Deus sempre procurou pessoas com as quais Ele pudesse andar e conversar, e, consequentemente, cumprir Seus planos através destas pessoas.

- Hoje, da mesma forma, Deus vai continuar a desenvolver o Seu plano, realizado potencialmente em Cristo Jesus, através de outras pessoas que estejam dispostas a andar e ter comunhão profunda com Ele!

- De fato, este relacionamento que Deus procura é baseado, acima de tudo num amor mútuo. E, como todo relacionamento, está sujeito à crises. Na verdade, muitas vezes preferimos fugir de relacionamentos pessoais porque eles trazem, quase sempre, sofrimentos.

- Mas, crises e sofrimentos alargam os nossos corações, permitindo-nos sentir e apreciar a glória de Deus! Pois, sem sofrimento, o coração fica endurecido e insensível.

- Deus está buscando pessoas que tenham abertura e sensibilidade para com Ele, que sintam a necessidade de conversar com Ele, enfim, que sintam o drama que muitas vezes está no Coração do Pai!

- Uma pessoa assim, pode mudar a História!


- Vimos, então, na primeira parte do nosso estudo, que a comunhão é o alicerce da aliança que Deus faz com o homem.

- Uma aliança, nada mais é, do que um acordo solene entre duas ou mais pessoas para fazerem algo específico, estabelecendo um contrato com certas condições e requisitos, a fim de poderem andar juntas.

- Uma aliança, na Bíblia, é simplesmente o conjunto de condições pelas quais Deus promete andar com Seu povo. 

- Sendo Deus um Deus de Amor e de Aliança, Seu desejo, consequentemente, é de se casar com o seu povo!

- Ele é uma Pessoa, com sentimentos, personalidade e desejos infinitos. Ele não deseja ficar sózinho. Por isto é que Ele criou o homem. Seu propósito, portanto, é ter uma casa, uma família. 

- Para tanto, Ele precisa se casar! Mas, para se casar, Ele precisa primeiro conhecer e ter comunhão com a Sua Noiva!

- Importante: A História do Plano de Deus, do início ao fim da Bíblia, é uma história de comunhão, aliança, amor e casamento! 

- Ele deseja habitar com o Seu Povo, a Sua Noiva numa morada permanente!

- Então, todas as alianças que Deus fez com o homem, podem ser vistas como passos para chegar ao seu alvo final: união casamento e comunhão permanente!

- Aliás, a própria formação da Bíblia mostra a centralidade da aliança no plano de Deus. Ela consiste do “Velho Testamento” ou “Velha Aliança” e do “Novo Testamento” ou “Nova Aliança”. 

- A “Velha Aliança” é representada pela “Lei de Moisés” e enfatiza a “obrigação do homem de obedecer a fim de manter a comunhão com Deus”. 

- Se o homem obedecesse, Deus cumpriria sua parte em abençoar, em ter comunhão e em dar vida eterna para ele.

- Se o homem desobedecesse, Deus o castigaria e ele seria rejeitado.

- Portanto, na Velha Aliança havia uma lacuna entre Deus e o homem, porque este não conseguia cumprir a sua parte na aliança. Pois, a condição da aliança era obediência ou morte. De fato, isto criava um abismo entre Deus e o homem, posto que este nunca conseguiu transpor.

- A Nova Aliança, porém, é a vinda de Deus em carne, para abolir as condições do lado do homem. 

- Desta forma, acaba-se a lacuna entre Deus e o homem, pois, agora, as condições estão todas do lado de Deus. Sómente precisamos acreditar e aceitar isto! 

- Aliás, até a fé vem de Deus, e não do homem! (Efésios 2:8) “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”.

- Conclusão: Se Deus é quem faz tudo, isto significa que não sobrou nada para o homem fazer (no que diz respeito a sua salvação). Não há, portanto, lugar para jactância humana, mas, apenas louvor e gratidão a Deus pela Sua obra maravilhosa. Esta é, então, uma aliança incondicional!


A palavra hebraica correspondente a “aliança” é “berith”, que significa, literalmente, “chegar a um acordo através de um sacrifício dividido”. 

Como falamos no início, no passado, era costume tomar um pequeno animal que deveria ser oferecido como sacrifício por ocasião de uma aliança, cortá-lo em duas partes, colocando então cada metade sobre dois diferentes altares, queimando-os em seguida, a fim de que os dois contratantes da aliança passassem entre eles, assinando assim o compromisso de cumprirem o trato estabelecido. 

A razão de agirem desta forma era porque se uma das partes deixasse de cumprir o acordo, o outro, por sua vez, poderia fazer com ele o mesmo que fizera com o animal do sacrifício.

Foi isto o que aconteceu por ocasião da aliança que Deus estabeleceu com Abraão (Genesis15:8-18). O Senhor desceu em forma de fogo e passou entre os pedaços dos animais mortos, em resposta à pergunta de Abraão: “Senhor Deus, como saberei que hei de possuí-la? (vers.8)

Em Jeremias 34:18-20, temos um quadro vivo da transação de uma aliança.

De fato, é importante ressaltar que a maior confirmação de uma aliança com Deus, tanto no Velho como no Novo Testamento, era através do sangue. Assim disse Moisés: “Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras” (Exodo 24:8) Por outro lado, Jesus também disse: “Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:28)


Antes de abordarmos o assunto das Alianças (o que faremos com mais detalhes num volume especial), apresentaremos um breve resumo sobre as principais alianças firmadas pelo Senhor.

A Aliança com Adão

Após a criação, Deus estabeleceu um acordo com Adão não só prometendo a ele as bênçãos, mas mostrando também as obrigações que ele deveria cumprir dentro do pacto. Esta aliança estava baseada nos seguintes pontos:

1) (Genesis 2:15-16) – uma permissão

“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, “

2) (Gênesis 2:17) – uma promessa

“mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”

3) (Gênesis 3:3) – uma penalidade

“mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais”

Muito bem. Nesta aliança o que prevaleceu foi a penalidade decorrente da desobediência de Adão ao pacto firmado com Deus. Com a quebra desta primeira Aliança, Adão se transformou no “cabeça federal” da humanidade, ou seja, ele se tornou o representante de todo o homem diante de Deus. Ao falhar, estendeu a todos as consequências do seu erro.

Vejamos o que diz Paulo em (Romanos 5:18-19) “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos”

A Aliança com Noé

Com a queda e a corrupção do homem, Deus procurou manter firme o seu propósito de tê-lo como sua imagem e semelhança.

Com essa finalidade apagou, antes de mais nada, o primeiro período da História, limpando toda a terra com o Dilúvio. Noé e sua família foram os únicos escolhidos pelo Senhor para darem continuidade ao plano da salvação previamente estabelecido no coração de Deus.

O pacto desta Aliança foi firmado após o Dilúvio. Quando cessaram as chuvas e as águas baixaram seu nível, a primeira coisa feita por Noé foi construir um altar como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos recebidas. Vejamos o que diz (Gênesis 8:20-22) : 

“Levantou Noé um altar ao Senhor, e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar. E o Senhor aspirou o suave cheiro, e disse consigo mesmo: Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente como fiz. Enquanto durar a terra não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite”.

Após aceitar o suave cheiro do sacrifício, Deus prometeu nunca mais destruir a terra com outro dilúvio. Esta promessa foi selada com um sinal – o sinal da aliança: 

(Gênesis 8:11-12) “Estabeleço a minha aliança convosco; não será mais destruída toda a carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra. Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós, e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações”.


A Aliança com Abraão

As alianças que Deus estabeleceu com os seus escolhidos não podem ser consideradas atos isolados. Mesmo decorrendo cerca de 400 anos entre Noé e Abraão, o propósito divino permanece o mesmo. Esta aliança com Abraão tem características muito importantes. Vejamos, então,:

1) Foi estabelecida 2000 anos depois de Adão, e 2000 anos antes do nascimento de Jesus.

2) Seu propósito foi o de revelar a família da qual nasceria o Messias. 

(Gênesis 12:3) “abençoarei os que te abençoares, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”

3) Foi uma aliança de fé. Abraão correspondeu à chamada de Deus aceitando o desafio que lhe foi proposto.

4) Sendo uma aliança eterna, nós (gentios) também nos tornamos participantes da mesma, como verdadeiros filhos de Abraão.

(Romanos 4:16) “Esta é a razão porque provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não sómente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós)"

O sinal desta aliança é muito importante. Deus exigiu a circuncisão de todo homem. Vejamos o que diz o texto de (Gênesis 17:10) “Esta é a minha aliança que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado”.

A seguir, alguns textos importantes que falam sobre a circuncisão:

(Romanos 2:25-29) “Porque a circuncisão tem valor se praticares a lei; se és, porém, transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão observa os preceitos da lei, não será ela, porventura, considerada como circuncisão? E se aquele que é incircunciso por natureza cumpre a lei, certamente ele te julgará a ti que, não obstante a letra e a circuncisão, és transgressor da lei.

Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão a que é de coração, no espírito, não segundo a letra (a lei), e cujo louvor não procede de homens, mas de Deus”.

(Filipenses 3:2-3) “…acautelai-vos da falsa circuncisão! Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”

A Aliança do Sinai (Moisés)

Conforme Deus prometera a Abraão, ele levantaria uma família da qual viria o Salvador, o Messias. Para isto, Deus teve de formar um povo especial, um povo escolhido para cumprir esse propósito. 

Foi nesta aliança, no Monte Sinai, que Deus entregou os dez mandamentos (Exodo 20:1-17). Todas estas leis, bem como tudo que envolvia esta aliança: o Tabernáculo, o Sacerdócio, as Festas, os Sacrifícios, etc. foram meios usados para preparar o caminho do Messias. Tudo era como uma sombra do que haveria de vir. A própria Terra Prometida fala de um lugar seguro onde a presença do Senhor seria sentida e adorada. Este lugar, na Nova Aliança, nada mais é do que o Reino de Deus.

A Aliança com Davi

Com esta aliança descobrimos a linhagem do Messias. Jesus é chamado “filho de Davi’’ – (Mateus 1:1), e seria Ele o Senhor que herdaria o seu trono (Lucas 1: 32-33).

Esta aliança com Davi foi a última das velhas alianças – a mais próxima do Redentor prometido.

Assim como as anteriores, não tinha ela caráter nacional, isto é, não se referia exclusivamente ao povo de nacionalidade judaica, sendo uma aliança como as demais, puramente espiritual.

(2 Samuel 7:16) “A tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre”.

Como podemos observar, está evidente que esta palavra não se refere apenas a Davi e ao seu povo. Ela ultrapassou a posteridade de Davi para cumprir o propósito de Deus.

A Aliança com Jesus (Uma Aliança Eterna)

Uma coisa que precisamos deixar bem claro é o seguinte: as Alianças são, na realidade, UMA ALIANÇA ETERNA, expressa ao homem em revelação progressiva, até Cristo, a revelação completa de Deus ao homem.Conforme profetizou Jeremias: 

“Farei com eles ALIANÇA ETERNA, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jeremias 32:40)

Muito bem. Sobre estas alianças trataremos, com mais detalhes, numa apostila especial.

Que Deus possa nos iluminar e inspirar a fim de podermos entender o seu plano eterno!


- Conforme nosso entendimento pessoal, Deus fez 7 alianças com o homem através da Bíblia. O período da história conhecido como a “Velha Aliança” englobou 6 alianças, sendo que a “Nova Aliança ”é a sétima.

- Na verdade, as 7 Alianças representam UMA SÓ ALIANÇA! E, cada Aliança representa uma parte do todo, assim como cada cor é uma parte do arco-íris.

- Todas as alianças falam do desejo de Deus em firmar uma aliança eterna e permanente com Israel, o povo de Deus. 

- Cada uma delas representa uma época da história e a forma como Deus estabeleceu condições para andar e conversar com seu povo. 

- Não que Deus quisesse experimentar vários tipos de relacionamentos ou porque Ele estivesse sempre fracassando nos Seus propósitos e tentasse outro plano. 

- Na verdade, cada etapa representa os passos e os ajustamentos que Deus fez na jornada progressiva para o seu alvo final. 

- O fato é que Deus nunca muda o seu alvo! Ele quer andar, casar e habitar conosco para sempre. Mas, para isso, Ele precisa desenvolver um relacionamento de amor conquistando e atraindo Seu povo para Si mesmo. 

- Mas, conforme falamos anteriormente, em todo relacionamento de amor envolve crises, ajustamentos e mudanças. 

- Então, as 7 alianças não representam 7 alvos distintos ou 7 fracassos, mas representam uma sequência significativa e necessária para acompanhar nossas necessidades e crises no nosso relacionamento com Deus. 

- Como veremos, há certas alianças que são mais negativas, com mais disciplina e condenação.

- Outras, já são mais graça e misericórdia. Contudo, tudo faz parte do propósito de Deus de preparar Seu povo para morar eternamente com Ele.


- Na realidade, iremos estudar as 7 alianças para melhor conhecer o plano único de Deus de firmar uma aliança eterna conosco. Portanto, através destas 7 alianças obteremos uma visão de águia, uma visão panorâmica de todo o plano de Deus. 

- Assim, veremos a Bíblia, não como uma coletânea de ensinos, histórias e palavras separadas umas das outras, mas como um plano unido e harmonioso que caminha para uma única consumação final.

- Veremos, agora, algumas passagens que mostram a aliança eterna como alvo final de todas as alianças que Deus fez com o homem.

- (Genesis 17:7,13,19) - Quando Deus fez Sua promessa a Abraão, Ele disse que seria uma aliança perpétua com a descendência de Abraão, para sempre.

- (Genesis 9:16) - Deus está falando com Noé que o “arco-íris” o faria lembrar de sua aliança eterna com o homem de não mais destruir a terra com água. 

- (2 Samuel 23: 5) – Deus fez uma aliança com Daví, de edificar a sua casa através da sua descendência, que estaria para sempre no seu trono. 

- (Jeremias 32:38-40) – Deus prometeu operar no coração do homem para tornar-lhe impossível se separar de Deus e Deus do homem. Esta é a Aliança Eterna. Deus nunca cessará de fazer o bem para o homem. Será uma aliança indissolúvel.

“Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.”

- (Ezequiel 37:26-28) – Vemos aqui a morada permanente de Deus com o seu povo. A Aliança Eterna ou a Nova Aliança está bem clara no Velho Testamento.

“Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. As nações saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel, quando o meu santuário estiver para sempre no meio deles”

- (Hebreus 13: 20-21) – Temos aqui a aliança eterna no sangue de Jesus, prefigurada por todas as outras alianças anteriores.

Conclusão: As 7 Alianças que estudaremos através da Bíblia falam do propósito singular de Deus de firmar uma aliança eterna com o seu povo. 

- A separação entre Deus e o homem acabará para sempre e estaremos ligados eternamente com Ele em perfeita comunhão!


- Antes de iniciarmos o nosso estudo detalhado de cada uma das 7 alianças falaremos, um pouco, sobre as 7 crises que causaram as alianças. 

- `A medida que o plano de Deus se desenvolvia, e Ele procurava andar com o homem atraindo-o para Si, haviam crises e, portanto, havia a necessidade de se fazer um novo ajustamento, uma nova mudança no relacionamento. Daí surgir uma outra aliança e dar-se um novo passo para atingir o alvo de Deus.

1) A Crise da Desolação – (GENESIS 1:1,2)

- “No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”. 

- Na verdade, a terra se tornou sem forma e vazia, pois, se compararmos com o que diz (Jeremias 4:23-27) e (Isaías 45:18), concluiremos que Deus não fez a terra assim, mas ela se tornou sem forma e vazia, por causa de algo que aconteceu. 

- Não sabemos muito sobre as causas desta crise, mas podemos entender que aconteceu em consequência da queda de Lúcifer que quis se exaltar acima de Deus e tomar o domínio da criação para si. Vejamos os textos de (Isaías 14:12-15), (Ezequiel 28:12-19) e (Apocalipse 12: 3-9)

- “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas (“causar perda”, “tirar recursos” “enfraquecer”) as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo”.

- “Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu és o sinete (instrumento) da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias; o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanceias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras no teu caminho, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade (perversão (traiçoeiro), malvadeza, falta de equidade) em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste (culpado, perverso, ação má); pelo que te lançarei profanado; (fazer mau uso das coisas sagradas) fora do Monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio , profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.”

- “Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse...Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos”.

- Muito bem. Como acabamos de ler, isto trouxe uma crise de desolação e trevas sobre a criação de Deus, e, do meio desta situação surgiu a primeira aliança: a aliança edênica!

2) A Crise da Queda do Homem

- Deus fez o homem para ter um novo começo e cumprir o seu propósito. Mas o homem quebrou a aliança que Deus fez com ele e pecou. 

- Novamente houve uma crise no relacionamento de Deus com a criação, e o homem foi expulso do Jardim (Genesis 3:22-24)

- Depois desta crise, Deus fez a Aliança Adâmica!

3) A Crise do Dilúvio

- O homem se corrompeu tanto que Deus se arrependeu de o ter feito.

- (Genesis 6: 1-8) “Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhe agradaram. Então disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos. Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus (os anjos) possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade. Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração; então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou o coração. Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Porém Noé achou graça diante do Senhor”. 

- Veio, portanto, a crise do dilúvio, e e Deus fez uma aliança com Noé.

4) A Crise da Torre de Babel

- Depois da aliança com Noé, o homem ainda não cumpriu a sua parte da aliança e se juntou para fazer uma torre e alcançar o céu.

- Vejamos o que diz (Genesis 11: 1-9) “Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinear; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do outro. Destarte, o Senhor os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra e dali o Senhor os dirpersou por toda a superfície dela”.

- Muito bem. Nesta crise, Deus espalhou o homem e confundiu as línguas. E depois fez outra aliança: a Aliança Abraâmica!

5) A Crise do Egito

- Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó desceram para o Egito, e lá foram escravizados. 

- Vejamos o texto de (Exodo 1: 7-14) “Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles. Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra. E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés. Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam; de maneira que inquietavam por causa dos filhos de Israel; então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo serviço em que na tirania os serviam.”

- A esta altura, parecia que as promessas feitas à Abraão nunca se realizariam. Mas, por causa desta crise, Deus fez aliança com Moisés!

6) A Crise de Anarquia e Rebeldia

- Tempos depois, após a morte de Moisés, o povo finalmente entrou na Terra de Canaã. Todavia, logo andaram nos seus próprios caminhos e não guardaram a aliança de Deus.

- Viveram um longo período de anarquia, sem governo certo e sem guardar os mandamentos de Deus. Em (Juízes 21:25) lemos o seguinte: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto”.

- Mas, para solucionar esta crise, Deus fez aliança com Daví. 

7) A Crise da Idolatria e Cativeiro

- Mesmo depois da aliança com Daví e o estabelecimento do governo de Deus, o povo abandonou o Senhor e passou a servir aos ídolos. 

- Por esta razão é que eles foram levados para o cativeiro, fora da sua terra de herança. Depois desta crise, Deus preparou o caminho para a Nova Aliança, por meio de Jesus Cristo. 

- Agora, esta Aliança em Jesus Cristo, tornou-se uma aliança eterna!, pois não mais dependia do homem para cumprí-la. Consequentemente, não haverá mais crises e, nem tampouco, mais alianças! Somente comunhão e união para sempre!




Pastor Júlio Lima Nogueira
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MISSÃO APOSTÓLICA E PROFÉTICA DO FAROL
25 de julho de 2013

- UM SINAL DE ALERTA PARA O POVO DE DEUS –



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